O governo russo estima poder vir a apresentar uma equipa de 180 desportistas nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, apesar das atuais sanções internacionais ao país, que o presidente Vladimir Putin classificou de “danosas para os princípios do olimpismo”.
“Superar as provas de apuramento ainda não garante a presença nos Jogos Olímpicos, já que haverá requisitos especiais estabelecidos pelo Comité Olímpico Internacional", disse o ministro do desporto, Oleg Matitsin, esta terça-feira.
Matitsin considerou que, se as condições do Comité Olímpico Internacional (COI) não mudarem significativamente, “o número máximo de participantes do lado russo será de cerca de 180 atletas”.
Após a reunião do executivo, o responsável do desporto afirmou que uma decisão definitiva quanto à situação dos russos e bielorrussos, aliados na invasão da Ucrânia, “não será tomada antes de 26 de julho de 2023”.
Nesse sentido, o governante considerou “necessário manter o diálogo com as federações desportivas internacionais” bem como “defender os interesses da Rússia com a ajuda dos países amigos".
O presidente russo, Vladimir Putin, apontou aos “funcionários das organizações desportivas internacionais”, considerando que estes “negligenciam regularmente os princípios olímpicos, ferindo o movimento olímpico internacional”.
O responsável pela invasão da Ucrânia destacou a importância dos seus atletas irem competindo à escala global, defendendo que o desporto deve servir para unir e criar laços entre os povos, “sobretudo quando há conflitos”.
Por seu lado, o ministro do Desporto acrescentou ainda a importância de reforçar a agenda desportiva mundial dos russos, seja na Comunidade de Estados Independentes, na Organização para a Cooperação de Shangai ou nos BRICS, cuja atual presidência do país entende dever servir para promover uma competição desportiva na Rússia, que envolveria assim também a China, o Brasil, a Índia e África do Sul.