O advogado do tenente-coronel Luís Sequeira considera que a sessão desta manhã de terça-feira do julgamento do caso de Tancos deixou evidente que "não há qualquer razão para esta acusação, relativamente aos militares da GNR".
"Preocupa-me muito que miliateres que cumpriram ordens e fizeram o seu serviço, ainda por cima com bom resultado, sejam misturados numa guerra entre polícias com a qual a GNR nada tem a ver", argumento Rui Barreiro, no final da primeira parte da segunda sessão do julgamento.
Esta manhã foi preenchida pelo interrogatório ao homem que, à data dos factos, era chefe da seção de informação e investigação criminal da GNR do Algarve, onde vários elementos tinham começado a colaborar com a Polícia Judiciária Militar na investigação ao caso do roubo das armas.
Perante o tribunal, Luís Sequeira disse que todas as ordens eram emanadas superiormente e que não tinha controlo sobre as deslocações que os agnetes faziam no âmbito das investigação, até porque, seguindo os procedimentos administrativos em vigor, não eram passadas guias de marcha.
Luís Sequeira negou ainda que alguma vez tivesse posto a hipótese de o antigo fuzileiro João Paulino ser o autor do furto, mas disse que sabia da existência de um informador que estava a ajudar os agentes.