Procurador-Geral da República quer rapidez nas investigações aos desacatos na Grande Lisboa
24-10-2024 - 12:23
 • Olímpia Mairos , com Lusa

Amadeu Guerra diz que será o Ministério Público a averiguar se cidadão baleado pela PSP tinha alguma arma.

O Procurador-Geral da República acaba de revelar que vai dar instruções ao Ministério Público para que haja rapidez nas investigações aos desacatos na Grande Lisboa.

Nesta altura, há um arguido - um agente da PSP envolvido no episódio que culminou com a morte de um homem no bairro da Cova da Moura na madrugada de segunda-feira. Amadeu Guerra promete celeridade nas averiguações.

“Nós vamos ser o mais céleres possível”, garante o Procurador-Geral, assinalando que “o inquérito está a correr e, portanto, aguardaremos”.

“Obviamente, somos coadjuvados por uma entidade, por um OPC, e, portanto, vamos dar instruções no sentido de ver celeridade e, obviamente, também dependemos do OPC, das experiências, da análise”, acrescentou.

Em declarações, na última hora, em Lisboa, à margem de uma conferência da Procuradoria-Geral da República sobre “Construção da Democracia e Justiça Constitucional”, Amadeu Guerra realçou ainda que “todos os meios de prova são úteis para o Ministério Público perceber e decidir a sua posição relativamente a esta questão”.

Nestas declarações, Amadeu Guerra afirmou não conhecer ainda a indiciação que levou à constituição como arguido do agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) que baleou o cidadão de 43 anos após uma perseguição policial desde o bairro do Zambujal (Alfragide) até à Cova da Moura.

“Isso vai ser apurado no inquérito, não me quero adiantar mais nessa situação. O Ministério Público é que vai ter de verificar se havia arma ou não havia arma”, respondeu o PGR, ao ser questionado sobre se Odair Moniz tinha uma arma branca no momento em que o polícia acaba por efetuar os disparos.

Amadeu Guerra condenou os tumultos registados nas últimas duas noites em diversas zonas da área metropolitana de Lisboa e manifestou temor de que os desacatos possam continuar a alastrar.

A esta hora, ainda decorre a reunião do Governo com os 18 autarcas da Área Metropolitana de Lisboa.