Medina defende que alívio fiscal "supera largamente" subida de impostos indiretos
31-10-2023 - 10:11
 • Tomás Anjinho Chagas

Governo volta a defender Orçamento do Estado que vai ser aprovado esta terça-feira. Maioria absoluta vai viabilizar o documento, restantes votarão contra, PAN e Livre podem abster-se.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, defende que o alivio dos impostos patente na proposta de Orçamento do Estado para 2024 "supera largamente" o aumento dos impostos indiretos como o IUC.

Esta terça-feira no Parlamento, onde o Governo deve aprovar o OE, Medina assegura que "ao contrário do que dizem as oposições, o reforço de rendimentos superam o aumento dos impostos”.

Concretamente, Medina promete que este documento tem "mais investimento porque o tempo o exige", assinalando o aumento do Salário Mínimo Nacional e a redução do IRS até ao sexto escalão.

O Orçamento do Estado vai ser votado esta terça-feira e vai ser aprovado pela maioria absoluta do PS. Do lado da oposição, a maioria dos partidos já anunciaram o voto contra e o ponto de interrogação coloca-se no PAN e no Livre, que podem abster-se, à semelhança do que aconteceu na votação do ano passado.

Bandeira da dívida

Naquela que tem sido uma das bandeiras do governo socialista, Fernando Medina atira à oposição defendendo que "a direita não sabe reduzir a dívida". O ministro das Finanças admite que a direita "concorda com a redução da dívida", mas alerta que depois "propõe medidas sem critério".

Rodando a mira para a esquerda, Medina critica ainda a esquerda que "concorda timidamente com a redução da dívida", mas que "nunca está de acordo com o ritmo" e sentencia: "Todos sabemos que isso acaba no aumento da dívida pública".