O azul preenche o palco da convenção da Iniciativa Liberal onde se destaca a vermelho a palavra “Preparados”. No discurso de abertura da Convençã da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, que vai ser reeleito para um novo mandato, assumiu que nas próximas eleições legislativas só há duas opções, e que o voto útil é na Iniciativa Liberal.
“Queremos vencer esta dicotomia, há uma escolha clara a 30 de janeiro, de um lado o socialismo, do outro o liberalismo” referiu o líder do partido.
João Cotrim Figueiredo está convencido que a IL vai fazer a diferença quer esteja no poder, quer esteja na oposição, continuando o escrutínio “porque nós não queremos que o Partido Socialista se torne cada vez mais hegemónico no estado e no sistema político”.
Líder há dois anos, Joao Cotrim figueiredo fez o balanço positivo deste mandato. O partido cresceu em número de membros e só “desde as eleições autárquicas há mais 20% de membros”. A IL , defendeu, deixou de ser o partido do Twitter e marcou a agenda política.
Cotrim Figueiredo deu exemplos, como a taxa única de IRS, a carta dos direitos digitais, e o cartão do adepto, algumas das matérias que a Iniciativa Liberal defendeu no Parlamento.
Em jeito de conclusão Cotrim Figueiredo diz que estes dois anos foram “cheios de sucesso, de crescimento, cheios de espírito liberal, em que podemos dar um passo decisivo para transformar Portugal num país mais liberal” disse Cotrim Figueiredo.
Críticas a falta de transparência
Nas primeiras duas horas da convenção da Iniciativa Liberal já se escutaram críticas á direção do partido. Um dos membros, Rui Malheiro, fala em falta de transparência na escolha dos candidatos a deputados.
“Não se sabe muito bem como os candidatos e as listas são escolhidas, um membro base não sabe nada, e isto tem de mudar se é um partido liberal. Eu sou o 1093 e nunca ninguém falou comigo” desabafou Rui Malheiro que foi aplaudido pela convenção.
Outro membro do partido, José Cardoso subiu ao palco para dizer que este é um partido que não descentraliza, que acabou com as estruturas de juventude, e “que tudo decide e não tem uma estratégia definida”.
Numa intervenção muito crítica disse ainda que a direcção “promoveu certas pessoas sem conhecer o critério e que escolheram os candidatos a deputados sem ter regras internas” concluindo que “ a comissão executiva tudo decide”.