Os estivadores do porto de Setúbal em situação precária recusam-se a trabalhar. Exigem um acordo coletivo de trabalho, com melhores condições.
Esta situação está a condicionar dois terminais: o da Autoeuropa, gerido pela empresa Navipor, e o de contentores, da Sadoport, gerido pela empresa Yilport.
O protesto, que paralisa o porto há mais de uma semana, está a afetar o terminal da Autoeuropa, que tem seis mil viaturas prontas para expedição.
A fábrica da Volkswagen está perto de esgotar a sua capacidade de armazenar os carros que saem da linha em Palmela, o que pode levar à suspensão da produção no fim desta semana.
"Esperamos que não se chegue a este limite. Implica a paragem da fábrica por falta de capacidade para armazenar os carros que são produzidos, quer nos parques da fábrica, cais do porto de Setúbal e, excecionalmente, recorrendo à base aérea do Montijo", reconheceu uma fonte oficial da empresa ao "Diário de Notícias".
O porto de Setúbal está a sofrer condicionamentos desde o dia 5, quando os estivadores precários recrutados diariamente pela empresa de trabalho portuário Operestiva deixaram de aparecer. Antes, já estava em curso uma greve ao trabalho extraordinário, cumprida pelos poucos efetivos que servem os terminais da infraestrutura.