A comunidade internacional deve exigir à China a verdade sobre os números da pandemia, defende o antigo eurodeputado José Ribeiro e Castro, convidado do programa da Renascença Conversas Cruzadas.
Nas últimas 24 horas (de sábado para domingo), a China regista apenas 14 novos casos de infeção e há cerca de um mês que as autoridades chinesas não detetam qualquer morte, mantendo-se as 4.633 vítimas mortais.
“Se nós tivéssemos, em Portugal, os números equivalentes à China, tínhamos 591 infetados e tínhamos 33 mortos. Não tínhamos mais do que isto”, afirma Ribeiro e Castro na Renascença.
“Ninguém acredita nos números da China, mas ninguém faz nada para que a China publique números que sejam verdadeiros”, critica o também antigo líder do CDS-PP.
José Ribeiro e Castro defende, por isso, que as Nações Unidas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a União Europeia têm de levantar a voz.
“A União Europeia tem que exigir” a verdade “ou então certificar – dizer, ‘nós rendemo-nos. Fomos ver e aqueles números são verdadeiros’”, diz “Porque, se aqueles números são verdadeiros, o fracasso do Ocidente é monumental”, determina.
“Por exemplo, a Bélgica tem indicadores que são 200 vezes piores do que os da China em termos de mortes. Também um número exorbitante, 75 vezes pior, em termos de infetados”, indica Ribeiro e Castro, para quem “a verdade tem de ser estabelecida”, pois “é a única ferramenta para a confiança, que é indispensável”, sobretudo, em tempos de pandemia.
“Numa epidemia, é indispensável que as estatísticas sejam fiáveis e comparáveis”, reforça ainda.
Estas declarações de Ribeiro e Castro foram proferidas no programa da Renascença Conversas Cruzadas, emitido aos domingos entre as 12h00 e as 13h00.