Um oficial militar israelita rejeitou esta quinta-feira que haja uma crise humanitária na Faixa de Gaza, mas reconheceu que os civis têm enfrentado dificuldades desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas.
"Não há crise humanitária na Faixa de Gaza", afirmou o coronel Moshe Tetro, responsável por Gaza do órgão do Ministério da Defesa de Israel que supervisiona as atividades civis nos territórios palestinianos.
Israel está a "facilitar a entrega da ajuda humanitária (...). Sabemos que a situação civil na Faixa de Gaza não é fácil", referiu o militar.
"Uma catástrofe humanitária desenrola-se diante dos nossos olhos", afirmou por outro lado o secretário-geral da ONU, António Guterres, no final de outubro, levando ao aumento dos apelos a um "cessar-fogo humanitário imediato" na região.
A França acolhe esta quinta-feira por iniciativa do seu presidente, Emmanuel Macron, uma conferência humanitária para tentar desbloquear a ajuda humanitária para Gaza, que se tornou quase impossível pelos incessantes bombardeamentos de Israel desde o início da guerra contra o movimento islamita Hamas em 7 de outubro.
O Governo francês vai enviar 80 milhões de euros adicionais para a ajuda humanitária às populações palestinianas, atingindo um total de 100 milhões de euros neste ano, anunciou Emmanuel Macron.
"Após o 7 de outubro, a França anunciou 20 milhões de euros adicionais para a ajuda humanitária e vamos aumentar este esforço para 100 milhões de euros para 2023", declarou durante a conferência humanitária.
Israel bombardeou novamente a cidade de Gaza, onde ocorrem confrontos terrestres entre soldados israelitas e combatentes do Hamas, forçando dezenas de milhares de civis a fugirem em direção ao sul do território palestiniano sitiado pelas forças militares de Israel.
Depois de mais de um mês de bombardeamentos, várias centenas de milhares de civis, segundo a ONU, continuam encurralados no norte da Faixa de Gaza, a parte do território palestiniano onde o exército israelita está a concentrar a sua ofensiva.