O ministro da Defesa não concorda com a ideia de extinção dos comandos como foi sugerido pelo Bloco de Esquerda.
Numa audição no Parlamento, Azeredo Lopes diz que não pode alinhar na ideia de que quando alguma coisa corre mal deve ser extinta.
“Relativamente à convicção do Bloco de Esquerda relativamente à extinção dos comandos, que aparentemente não carece sequer que se conclua a averiguação sobre os factos, não posso acompanhá-lo”, afirmou o ministro.
“Não consigo partir da premissa de que quando qualquer coisa corre mal deve ser extinta. Se fosse assim, estava muita coisa extinta em Portugal", acrescentou.
Sem querer menosprezar a gravidade do incidente, que resultou na morte de dois recrutas durante um exercício de treino e que está ainda a ser investigado, Azeredo Lopes diz que o importante é detectar o que correu mal e corrigir.
“Acredito, pelo contrário, que na defesa nacional, como noutras áreas – como a governação – quando alguma coisa corre mal deve-se tentar corrigir, melhorar e sobretudo evitar a repetição. Aí estamos todos de acordo sobre a natureza dramática do que aconteceu há dias”, conclui.