O secretário-geral do PS defendeu que é preciso "respeitar o trabalho das instâncias judiciais" e disse ter "grandes responsabilidades" em garantir a independência da Justiça e a presunção de inocência.
Em declarações aos jornalistas à chegada à Feira Internacional de Lisboa (FIL), onde termina este domingo o último dia do 24.º Congresso Nacional do PS, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre como é que reage às críticas de não estar a defender alguns socialistas perante os casos judiciais.
Na resposta, Pedro Nuno Santos referiu que, enquanto secretário-geral do PS, tem "grandes responsabilidades em garantir dois princípios fundamentais do Estado de Direito, a independência do poder judicial e a presunção de inocência", e disse que tem de ser "disciplinado nisso".
"É muito importante nós separarmos a política da Justiça. Os políticos fazem política, a Justiça faz o seu trabalho e nós temos de respeitar o trabalho das instâncias judiciais", defendeu. .
O secretário-geral do PS referiu que "a Justiça não está acima de qualquer escrutínio, como é evidente", mas salientou que a Operação Influencer "teve grande projeção mediática" e "esteve na origem da queda do Governo".
"Não é bom, para um bom ambiente e uma boa análise da própria situação da Justiça, estar a fazer qualquer tipo de comentário", referiu.
Interrogado se os casos judiciais não condicionaram este congresso, tendo em conta a ausência, por exemplo, do ex-ministro João Galamba, Pedro Nuno Santos respondeu: "Há muita gente que não está no congresso e que é ministro e ex-ministro".