Público nos estádios? Para já não, mas "não há preconceito contra o futebol"
02-09-2020 - 15:04
 • Inês Rocha

Diretora-Geral da Saúde diz que, para já, "há um grande desafio pela frente": o regresso às aulas. "Depois, pensaremos nisso", garante.

O regresso do público aos estádios de futebol ainda não está a ser equacionado pela Direção-Geral da Saúde. Graça Freitas garante que "não há nenhum tabu nem preconceito contra o futebol", mas neste momento há "um grande desafio pela frente": o regresso às aulas.

"Temos de ver como acontece retoma das aulas. É um movimento que vai envolver milhares e milhares de pessoas todos os dias. Temos de ver como vai ser o início do outono e inverno. Depois pensaremos nisso", garantiu a diretora-geral da Saúde.

Graça Freitas considera que a retoma das competições na época passada "correu muito bem", sem surtos associados. Quanto à nova época, "sempre foi dito desde o início que a ideia é fazer as coisas de forma faseada".

A diretora-geral da Saúde acrescentou que "o público no futebol é desejável", mas apontou que são necessárias "cautelas".

"Somos a favor de que a vida decorra com normalidade possível. Mas temos de ter cautelas e fasear as coisas".

A ministra da Saúde, Marta Temido, expressou a mesma opinião, alertando: "vamos agora passar um período em que coincidem o regresso à atividade escolar e à normalidade de trabalho para muitos portugueses. Temos de ter a paciência de remeter para momentos futuros alguns fatores de risco adicionais".

Fórmula 1 vai ter público

Questionada sobre a possibilidade de haver público na fórmula 1, Diretora Geral da Saúde revelou que foi dado um parecer favorável à existência de público nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve, que vai receber o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 de 23 e 25 de outubro.

Graça Freitas adiantou que o Campeonato Mundial de Superbike, no dia 7 de agosto, serviu de piloto para verificar "como era comportamento do público", o que levou a um parecer positivo por parte da autoridade de saúde.

Ainda assim, nada está garantido, lembrou a responsável, dando o exemplo da Volta a Portugal em Bicicleta.

"Autorizamos a Volta a Portugal em Bicicleta mas as autarquias por onde ia passar não quiseram correr o risco", lembrou Graça Freitas. "As situações são negociadas e é isso que temos feito".