Os trabalhos de retirada dos elementos da derrocada que ocorreu na terça-feira na Avenida Gustavo Eiffel, no Porto, vão demorar cerca de 20 dias, avançou a Câmara do Porto, acrescentando que, por enquanto, a circulação permanece cortada.
A autarquia esclarece que os trabalhos de intervenção na escarpa para retirar os elementos da derrocada iniciaram-se esta manhã e vão dividir-se em duas etapas. Numa fase inicial, que deverá demorar três a quatro dias, os trabalhos vão demolir de forma controlada "os elementos em risco de queda, com o recurso a uma auto-grua de grandes dimensões e alcance".
Durante esse tempo, permanecerá o corte total da circulação de trânsito e o acesso condicionado a peões na Avenida Gustavo Eiffel.
Já a segunda fase dos trabalhos, que a autarquia prevê que demore cerca de 15 dias, vai retirar do local os elementos demolidos "com recurso a escavadoras giratórias e meios pesados de transporte", bem como "realizar provisoriamente os movimentos de terra adequados".
Durante esta segunda fase e só se existirem condições de segurança, é que a autarquia ponderará a abertura da faixa de rodagem do sentido oposto à derrocada "com possibilidade de trânsito em ambos os sentidos, controlado por semáforos provisórios", adianta.
A derrocada aconteceu na terça-feira pelas 9h50 nas traseiras do hotel Eurostar Porto Douro, devido à acumulação de água, em consequências das chuvas das últimas semanas, revelou a Câmara do Porto.
A circulação foi cortada na terça-feira, pelas 14h30, no troço entre a ponte Luís I e o posto de abastecimento de combustível existente na marginal ribeirinha, sendo o acesso apenas permitido a hóspedes e funcionários do hotel.
A derrocada atingiu dois quartos do aparthotel daquela unidade hoteleira, sem causar vítimas.