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O pico da pandemia do novo coronavírus, em Portugal, terá ocorrido entre 23 e 25 de março, segundo revelou a ministra da Saúde.
Na conferência de imprensa diária de atualização da situação em Portugal, este sábado, Marta Temido explicou que "os dados permitem estimar que o máximo da incidência tenha ficado no passado, entre os dias 23 e 25 de março". "São números que nos encorajam, mas são também resultados que nos responsabilizam", assinalou.
A taxa de transmissibilidade chegou a ser de 2,8%, antes do confinamento. "Com a introdução das medidas de contenção, verificou-se, nos últimos cinco dias, uma redução do risco de transmissibilidade, que se encontra em 0,9%, ou seja, cada caso confirmado gerou em média menos de um caso de transmissão", revelou.
O novo "normal"
Apesar disso, Marta Temido sublinhou que ainda são esperados "dia muitos exigentes até ao final de abril" e que é importante ter em conta que "erradicar a Covid-19 não parece possível, a curto e médio prazo".
"Está a ser possível trazer o número de novos casos para níveis que aos quais o Sistema Nacional de Saúde [SNS] tem conseguido responder, mas os casos de recrudescimento da doença mantêm-se e temos de estar preparados para alternar períodos de maior contenção de movimentos com períodos de maior alívio. À luz do conhecimento disponível, essa alternância e adaptação constante de comportamentos poderá ser mesmo o melhor possível para todos", realçou a governante.
Um 25 de Abril diferente, mas igual
A Assembleia da República vai manter as comemorações solenes do 25 de Abril. A sessão solene verá uma redução solene do número de deputados e convidados nas galerias, decisão que não foi consensual.
Questionada sobre as comemorações do Dia da Liberdade no Parlamento, a ministra da Saúde vê-as como uma espécie de réstia de normalidade e salienta que "é possível assinalar determinadas datas que são importantes para a sociedade e para o sentimento de pertença", desde que sejam respeitadas as regras de prevenção e contenção que estão em vigor, durante o estado de emergência.
"Qualquer celebração terá de ter isso bem presente e será certamente acompanhada dessas cautelas adicionais. Não será uma celebração como a de outros anos, mas não podemos também deixar de entender que só conseguirmos sobreviver enquanto grupo se conseguirmos ter também o nosso grupo unido em torno dos aspetos que, de facto, são referências sociais e, também, a capacidade de nos readaptarmos às novas exigências", assinalou Marta Temido.
Este sábado, o número de infetados pelo novo coronavírus, em Portugal, chegou aos 19.685. A Covid-19 já fez 687 vítimas mortais, segundo o balanço da DGS.