O plano de reestruturação da TAP já está concluído e será entregue ao Governo “nos próximos dias”, antes de seguir para a Comissão Europeia, a quem cabe a aprovação final, avança a TVI.
Segundo aquela estação de televisão, a companhia aérea pode “despedir mais dois mil trabalhadores, cortar em 20% os salários e reduzir a frota em, pelo menos, 20 aviões”.
Os dois mil trabalhadores que irão ser dispensados, juntam-se aos 1.600 que devem sair até ao final do ano, conforme foi anunciado pelo ministro das Infraestruturas, no mês passado.
A companhia aérea vai terminar o ano de 2020 com prejuízos a rondar os mil milhões de euros e quebras de dois terços das receitas.
O plano de reestruturação inclui ainda cortes nos fornecedores e empresas de leasing, o que, até 2025, terá um benefício de 1.500 milhões de euros para a empresa.
Já o Jornal Económico dá conta que a administração da TAP, liderada de forma interina por Ramiro Sequeira, vai comunicar esta sexta-feira aos sindicatos a suspensão do regime de “lay-off” em que se encontram cerca de nove mil trabalhadores.
A pandemia de Covid-19 teve um impacto profundo nas operações da TAP que, à imagem do setor um pouco por todo o mundo, foi obrigada a paralisar a sua atividade durante vários meses.
Em 2 de julho, o Governo anunciou que tinha chegado a acordo com os acionistas privados da TAP, passando a deter 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros.
A Comissão Europeia aprovou em 10 de junho um "auxílio de emergência português" à companhia aérea TAP, um apoio estatal de até 1.200 milhões de euros, para responder às "necessidades imediatas de liquidez", com condições predeterminadas para o seu reembolso, entre os quais a apresentação de um plano de reestruturação até meio de dezembro.