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Numa curta declaração aos jornalistas, o filho de Mário Soares, João Soares, agradeceu ao Hospital da Cruz Vermelha a maneira como se dedicou ao seu pai durante os dias em que esteve internado.
"Profundamente, em nome da família, os filhos e a família mais chegada querem agradecer profundamente ao hospital, a toda a equipa, a forma como o nosso pai foi tratado durante os 26 dias em que esteve internado, tal como tinha acontecido com a nossa mãe, que aqui faleceu", afirmou.
As palavras de João Soares foram reforçadas pela irmã, Isabel Barroso Soares, que quis deixar uma palavra de agradecimento a todos os funcionários do hospital, “desde o mais pequeno ao mais importante”.
Mário Soares entrou no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, no dia 13 de Dezembro, tendo sido transferido no dia 22 dos Cuidados Intensivos para a "unidade de internamento em regime reservado", depois de sinais de melhoria do estado de saúde.
Um agravamento súbito do seu estado de saúde na véspera de Natal obrigou ao regresso à Unidade dos Cuidados Intensivos.
No dia 31 de Dezembro, dia da última actualização feita pelo hospital sobre o seu estado de saúde, Mário Soares continuava em "coma profundo", mas "estável e com parâmetros vitais normais".
Mário Soares morreu aos 92 anos, depois de uma vida em que desempenhou os mais altos cargos no país. A sua vida confunde-se com a própria história da democracia portuguesa: combateu a ditadura, foi fundador do PS, primeiro-ministro e Presidente da República.