A única central elétrica de Gaza vai deixar de funcionar esta quarta-feira à tarde por falta de combustível, alertou o chefe da autoridade de energia local.
Jalal Ismail admitiu que a central deverá ser encerrada pelas 14h locais (12h em Lisboa), segundo a estação televisiva britânica BBC.
O encerramento da central deixará a Faixa de Gaza sem eletricidade depois de Israel ter cortado o abastecimento de energia, na sequência do ataque lançado a partir do território pelo grupo Hamas no sábado.
Todos os pontos de passagem de Gaza estão encerrados, o que impossibilita a entrada de combustível para a central elétrica ou para os geradores de que os residentes e os hospitais dependem, segundo a agência norte-americana AP.
A Faixa de Gaza tem cerca de 2,3 milhões de habitantes, sendo um dos territórios mais densamente povoados do mundo.
O Hamas lançou no sábado um ataque terrestre, marítimo e aéreo sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, na maior escalada do conflito israelo-palestiniano em décadas.
O ataque levou Israel a declarar o estado de guerra e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 950 em Gaza desde sábado, segundo dados atualizados hoje pelas duas partes.
O atual conflito também originou mais de 260 mil deslocados na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007.
A Jordânia anunciou hoje o envio para o Egito de um primeiro avião com ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza.
A entrega da ajuda será feita por Rafah, a única passagem de fronteira não controlada por Israel, que liga a Península do Sinai, no Egito, ao enclave palestiniano.
A Faixa de Gaza é um território com 41 quilómetros de comprimento e 10 quilómetros de largura, situado entre Israel, o Egito e o Mar Mediterrâneo.