A coordenadora do Grupo Vita, Rute Agulhas, considera que “os professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) são na escola, muitas vezes, “o adulto de confiança”.
“Sabemos que muitas crianças vão ter convosco e é importante que estejam capacitados e que saibam o que fazer. O nosso trabalho é a de vos ajudar a trabalhar com as crianças e os jovens para que percebam o que é o abuso e como apoiar”, disse.
A coordenadora do Grupo Vita esteve presente, em Fátima, na reunião de secretariados diocesanos da disciplina e desafiou os docentes a “procurarem capacitar-se com formação e informação” uma vez que são, não poucas vezes, “adultos de referência”.
“Sabemos que os alunos escolhem os professores de EMRC pelo ambiente de empatia que as aulas proporcionam e pelos temas que abordam”, enfatizou.
Numa altura em que a sociedade está atenta à questão do cuidado dos menores e dos adultos vulneráveis, Joana Alexandre, do Grupo Vita, deu nota que a equipa já tem disponíveis vários recursos ao nível da prevenção, para os alunos e com formação para professores e demais educadores nas escolas”.
Por sua vez, Rute Agulhas reafirmou a ideia de que a tarefa do Grupo Vita é gerar redes de cuidado “com as comissões diocesanas, a CIRP, os escuteiros, a Companhia de Jesus, e a própria Direção Geral da Educação”, para evitar “que possa haver alguém que não saiba como prevenir e intervir”.
No final do encontro com os docentes de EMRC ficou acordado a criação de um inquérito para verificação das necessidades e um primeiro “patamar formativo e informativo” com ações pontuais online. O objetivo é preparar os professores para uma resposta cada vez mais eficaz em caso de abusos de menores.