​Comissões deram parecer favorável a 7.844 precários do Estado
07-03-2018 - 16:51

Ministro das Finanças adianta que há 854 trabalhadores prontos para avançarem para concurso de integração na Função Pública.

As comissões que avaliam os requerimentos dos precários do Estado já deram parecer favorável a 7.844 trabalhadores e há 854 prontos para avançarem para concurso, anunciou esta quarta-feira o ministro das Finanças, Mário Centeno.

O anúncio foi feito no parlamento durante uma interpelação do Bloco de Esquerda (BE) ao Governo sobre os atrasos no Programa Extraordinário de Regularização dos Precários da Administração Pública (PREVPAP).

Segundo o ministro das Finanças, foram realizadas até ao momento mais de 350 reuniões das 15 comissões de avaliação bipartidas (CAB) criadas nos vários ministérios, sendo que uma das comissões já concluiu o trabalho, seis irão terminar em março e as restantes "com a máxima brevidade".

"Até final de 2018" a regularização dos trabalhadores precários do Estado estará concluída, tal como previsto, acrescentou o governante.

Dos mais de 31 mil pedidos de regularização dos vínculos precários, foram deliberados até ao momento 7.844 pareceres favoráveis e destes 854 já tiveram homologação completa e estão prontos para serem abertos os concursos, disse Mário Centeno.

Sobre os pareceres desfavoráveis, o ministro não adiantou números, por estarem "em fase de audiência dos interessados", afirmou.

Mário Centeno sublinhou que o PREVPAP "não surge isolado" na estratégia de valorização dos trabalhadores do Estado e lembrou que o Governo já procedeu a medidas como a reposição dos cortes salariais ou das horas extraordinárias, considerando que já houve um "investimento muito expressivo" na administração pública.

Para a reposição dos cortes foram 450 milhões de euros em 2016 e 2017, com o descongelmento serão gastos 650 milhões e mais 400 milhões com as restantes medidas, salientou Mário Centeno perante os deputados.

O governante disse ainda que o PREVPAP assenta numa "avaliação individualizada" que tem em vista "atender a situações concretas" das situações passíveis de serem regularizadas e das que não são.

"O trabalho em curso é exigente e deve ser executado com todo o rigor", disse o ministro, justificando assim a demora no processo de regularização.