A ministra da Defesa defendeu esta sexta-feira em Kiev que é importante traçar objetivos realistas no que diz respeito ao apoio à Ucrânia, afirmando que apesar de haver limites, Portugal consegue “ajudar de múltiplas” maneiras.
“Mais do que traçar objetivos que não sejam realistas, importa cumprir os compromissos que assumimos. Somos um aliado credível e confiável, e é esse o nosso património, que queremos manter e reforçar”, disse Helena Carreiras, depois de uma reunião com o homólogo da Ucrânia, Oleksiï Reznikov, em Kiev.
A ministra da Defesa esteve hoje na capital ucraniana em representação do Governo português. Faz precisamente hoje um ano que a Federação Russa iniciou a invasão da Ucrânia.
Questionada sobre aquilo que Portugal pode fazer mais para ajudar a Ucrânia, especialmente agora que o homólogo de Helena Carreiras anunciou uma contraofensiva para tentar repelir as forças de Moscovo da região de Donetsk, Helena Carreiras respondeu que tudo o que Portugal fez desde 24 de fevereiro do ano passado foi em articulação com os outros Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), da União Europeia e do grupo de contacto para a Ucrânia.
“Há limites, naturalmente, há limites, mas também há possibilidades de ajudar de múltiplas formas”, disse a governante, nomeadamente a formação para utilizar os veículos de combate Leopard 02 A6 que Portugal vai enviar para a Ucrânia.
Portugal vai enviar três Leopard 2 no âmbito de um esforço conjunto dos países da NATO para responder a um pedido feito há meses pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Ao início da manhã, a ministra da Defesa Nacional participou na cerimónia organizada pelo Presidente da Ucrânia com diplomatas de vários Estados-membros da União Europeia e outros que apoiam o país.
Helena Carreiras considerou necessário transmitir uma mensagem de que só é possível avançar com canais de diálogo e “construir um mundo onde as fronteiras não se definam pela força”.
“A defesa da Ucrânia é também a nossa defesa. A segurança da Ucrânia tem a ver com a segurança da Europa”, concluiu.