O depoimento da futebolista Jenni Hermoso no caso em que foi beijada, alegadamente sem consentimento, pelo ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, foi adiado para 2 de janeiro de 2024, anunciou a Audiência Nacional espanhola esta sexta-feira.
O juiz encarregue do caso "transferiu para o próximo dia 2 de janeiro, às 10h, o depoimento da jogadora da seleção Jennifer Hermoso, inicialmente prevista para terça-feira, 28 de novembro", indica o tribunal.
A mudança está relacionada com problemas de agenda da advogada de Rubiales, explica o órgão judicial, em comunicado.
O juiz Francisco de Jorge abriu uma investigação contra Rubiales pelos crimes de agressão sexual e coação e impôs uma medida cautelar: não pode aproximar-se a menos de 200 metros de Hermoso.
Os factos remontam ao dia 20 de agosto, quando o então presidente da RFEF deu Jenni Hermoso um beijo na boca, durante a entrega das medalhas após a final do Mundial feminino, conquistado pela Espanha. A avançada insiste que o beijo não foi consentido.
A investigação foi aberta após denúncia do Ministério Público. Em depoimento, o ex-dirigente voltou a defender que o beijo foi consentido.
A conduta de Rubiales em Sydney, captada pelas câmaras, levou à sua suspensão pela FIFA de toda a atividade relacionada com o futebol por três anos - pena da qual o ex-dirigente recorreu - e pelo Tribunal Arbitral do Desporto do futebol espanhol, pelo mesmo período.
Apesar de se negar a aceitar a punição inicialmente, Rubiales renunciou à presidência da RFEF no dia 11 de setembro.