Qualquer decisão a tomar face ao pico de infeções e mortes por Covid-19 na China será "concertada" a nível da União Europeia, garantiu esta quarta-feira a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock.
Em Lisboa para o Seminário Diplomático de 2023, que decorre entre hoje e amanhã, a chefe da diplomacia germânica assegurou:
"Qualquer posição será concertada a nível europeu. A situação deve ser levada a sério, mas precisamos de informação mais rigorosa [para tomar decisões]."
Da parte de Portugal, não foi ainda tomada qualquer decisão no sentido de impôr testes à Covid a quem chega da China, adiantou João Gomes Cravinho aos jornalistas.
"Portugal não tomou uma decisão. Qualquer decisão será tomada por razões científicas", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Ontem, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, adiantou à Renascença que o Governo tem um "plano pronto" a ativar "se for necessário" quanto ao eventual controlo de passageiros vindos da China.
Esse plano foi preparado em conjunto pelos Ministérios da Saúde, dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna e só ainda não foi ativado porque Portugal mantém uma atitude "preventiva e não alarmista", adiantou o governante.
A cada semana, só há um voo direto da China para Portugal – uma situação muito diferente da de Espanha ou de Itália, alguns dos países europeus que anunciaram esta semana que os testes à Covid-19 vão passar a ser obrigatórios para passageiros que aterrem em aeroportos nacionais vindos da China.