As associações de profissionais da PSP e da GNR, que se concentraram esta quinta-feira junto ao Parlamento, anunciaram para 21 de janeiro um novo protesto, caso o Governo não atenda às suas reivindicações.
O anúncio foi feito por megafone, em frente à Assembleia da República, onde milhares de polícias, militares da GNR e apoiantes se manifestaram para reivindicar direitos salariais e sociais que exigem ao Governo desde a anterior legislatura.
Um forte aparato policial cercou a manifestação, que foi pacífica desde o início de um desfile, às 13h00, no Marquês de Pombal, em Lisboa, até à Assembleia da República.
Após esta declaração, os milhares de manifestantes efetuaram um minuto de silêncio por volta das 16h45, depois de terem cantado o hino nacional de costas voltadas para o parlamento.
O minuto de silêncio foi em homenagem ao militar da GNR que morreu abalroado quando assistia um acidente na A42 em Paços de Ferreira.
Os vários milhares de manifestantes concentrados em São Bento foram gritando, ao desafio da organização do protesto, 'slogans' como "polícias unidos jamais serão vencidos", ouvindo-se em pano de fundo uma música da banda Trabalhadores do Comércio com o tema "Chamem a polícia".
Entretanto foi feito um anúncio pela organização de que os autocarros que transportaram os manifestantes desde os vários locais do país vão começar a sair pelas 18h00, anúncio que foi recebido pelos manifestantes com vaias e assobios.
O deputado do partido Chega, André Ventura, proporcionou momentos de aplauso ao intervir na manifestação, recebendo palmas da multidão.
Entre as reivindicações da classe policial e militar da GNR está o pagamento do subsídio de risco, a atualização salarial e dos suplementos remuneratórios, e mais e melhor equipamento de proteção pessoal.
A organização, através do megafone, disse que o objetivo da manifestação foi cumprido e reiterou a ameaça de que caso as reivindicações não sejam cumpridas pelo Governo o protesto volta a 21 de janeiro.
Foi ainda deixada uma mensagem e uma salva de palmas aos polícias de serviço na manifestação, pelo trabalho que estiveram a desempenhar e por não poderem estar presentes na manifestação.