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A farmacêutica Pfizer reduz em 20% a quantidade de vacinas para a Covid-19 a distribuir na primeira fase em Portugal, revelou esta quarta-feira o coordenador do grupo de trabalho que elaborou o plano de vacinação.
O incumprimento por parte da farmacêutica foi admitido por Francisco Ramos durante uma audição no Parlamento.
“Nos últimos dias tivemos uma má notícia. A Pfizer não conseguiu cumprir as condições contratualizadas e temos uma redução de cerca de 20% da quantidade prevista entregar no primeiro trimestre, a nível europeu. Há um incumprimento da empresa nessa matéria”, declarou o responsável pela “task force”.
Francisco Ramos admitiu aos deputados que este incumprimento da Pfizer vai atrasar toda a primeira fase de vacinação contra a Covid-19 em Portugal e atirar o prazo inicial de janeiro/março para abril.
“Em diria, neste momento, que janeiro e fevereiro está fora de questão. A única coisa relevante que aconteceu nessa matéria foi o não cumprimento das quantidades contratualizadas com a Pfizer e isso vai levar a que, provavelmente, nos vamos aproximar mais de janeiro a abril do que de janeiro a fevereiro”, disse o coordenador do grupo de trabalho encarregue pelo Governo de preparar o plano de vacinação contra a Covid-19.
Portugal preparado para iniciar vacinação
Portugal está preparado para iniciar a vacinação contra a Covid-19 assim que as primeiras vacinas chegarem, mesmo que isso aconteça na noite de Natal, afirmou Francisco Ramos.
Seria “intolerável” haver vacinas e não as poder usar imediatamente, disse o antigo secretário de Estado da Saúde, no Parlamento. A estimativa é que sejam administradas 50 mil vacinas por dia.
As Forças Armadas vão ficar de fora do processo de distribuição das vacinas contra a covid-19, esclareceu hoje o coordenador da ‘task-force’ criada pelo Governo.
As farmácias também ficam de fora do plano de vacinação, pelo menos numa primeira fase, reforçou o antigo secretário de Estado.
O responsável afirma que Portugal terá vacinas suficientes para toda a população - 22 milhões de doses -, mas reafirmou que ninguém será obrigado a tomar o fármaco, mesmo profissionais de saúde.
Seria “um enorme erro” tornar a vacina obrigatória para a população portuguesa, defende.
O coordenador do grupo de trabalho aponta o início do verão como a altura para atingir a imunidade de grupo contra a Covid-19 em Portugal.