O Banco de Portugal vai facilitar o crédito pessoal. Em resposta à actual pandemia, o supervisor decidiu flexibilizar algumas regras no financiamento às famílias.
Desde logo, cai a obrigatoriedade do pagamento regular das prestações, no âmbito do actual contexto. A medida destina-se a “créditos pessoais com maturidades até dois anos, devidamente identificados como destinados a mitigar situações de insuficiência temporária de liquidez”, por famílias que ultrapassem o limite da taxa de esforço.
As famílias ficam ainda dispensadas de pagar regularmente capital e juros, o que não as impede de se candidatarem às moratórias que estão a ser incluídas nas medidas de resposta à covid-19 ou, mesmo, "às moratórias que os bancos têm vindo a conceder de forma voluntária".
Mantém-se, no entanto, a recomendação para que a maturidade dos créditos pessoais sejam reduzidos para sete anos, à excepção dos financiamentos para “educação, saúde e energias renováveis, em que continuará a ser 10 anos desde que estas finalidades sejam devidamente comprovadas",
Em comunicado, a instituição liderada por Carlos Costa lembra que “a pandemia Covid-19 alterou de forma abrupta e significativa as condições económicas e financeiras a nível nacional e internacional.” Por isso, e tendo em conta a “estabilidade financeira”, o Banco de Portugal entendeu avaliar se “a Recomendação macroprudencial em vigor permanece adequada".