Caixa. Matos Correia pondera abandonar comissão de inquérito
15-02-2017 - 20:37

Posição foi assumida após a maioria de esquerda ter chumbado vários requerimentos do PSD e do CDS para analisar as comunicações trocados entre o ministro das Finanças e o ex-presidente do banco público António Domingues.

O presidente da comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos pondera abandonar o cargo.

José Matos Correia anunciou esta posição depois de a maioria de esquerda ter chumbado vários requerimentos do PSD e do CDS exigindo a análise das comunicações trocadas, entre o ministro das Finanças e o ex-presidente do banco público António Domingues, sobre as condições do primeiro para vir a presidir o banco público.

Tanto PSD como CDS anunciaram que estas votações eram "ilegais". A esquerda chumbou os requerimentos com o argumento de que as exigências do PSD e do CDS não se ajustavam ao âmbito da comissão.

Em declarações aos jornalistas, no final da conferência de líderes, os líderes parlamentares do PS, Carlos César, do BE, Pedro Filipe Soares, e do PCP, João Oliveira, acusaram PSD e CDS-PP de quererem utilizar a comissão de inquérito à Caixa para criar um facto político, violando a Constituição e a lei, que não permite o acesso a comunicações pessoais.

Antes do início da reunião desta quarta-feira já PS, PCP e BE rejeitavam publicamente as propostas de PSD e CDS-PP.

A comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos foi imposta potestivamente pelo PSD e CDS-PP e iniciou funções em Julho de 2017. O objectivo é analisar a gestão do banco público desde o ano 2000 e todo o processo de recapitalização.