O Governo angolano compromete-se a terminar o processo de reconhecimento da dívida s empresas portuguesas até novembro. A estimativa angolana é que essa dívida chegue aos 100 mil milhões de kwanzas (cerca de 330 milhões de euros), enquanto o executivo português estima uma verba entre os 400 e os 500 milhões de euros.
Os compromissos com os prazos reconhecimento da dívida foi feito pelo ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira, no início do fórum económico luso-angolano. Uma intervenção que não estava prevista e, que por isso mesmo, teve um maior sinal de compromisso do executivo de Angola em resolver este problema.
Archer Mangueira começou mesmo por incluir esta questão no programa de estabilização macroeconômica do país iniciado em janeiro deste ano e que deu um novo impulso à “regularização de atrasados”.
O levantamento das situações, feito com mediação da embaixada portuguesa, levou a que se apercebessem que “maior parte delas não constam do sistema integrado de contas do estado”. Essas situações, na previsão angolana, devem chegar aos 100 mil milhões de kwanzas, a que acrescem 30 mil milhões de dívidas contraídas dentro do Orçamento geral do Estado que “têm sido regularizaras de acordo com disponibilidades de tesouraria”.
O ministro aliás assumiu as dificuldades de tesouraria de Angola, pelo que o compromisso até novembro é só de certificação. Até lá e depois disso Angola irá pagando basicamente o que conseguir, reconheceu.