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A deputada socialista, Ana Catarina Mendes, começou a seu discurso com uma saudação ao 25 de abril “da abertura ao mundo, dos sonhos e do futuro”.
“Para a minha geração, que nasceu pouco antes da revolução, que cresceu num Portugal livre, a história não se apaga. Devemos hoje homenagear dos mais conhecidos, aos mais anónimos, todos os que deram o seu sangue, a sua vida, para que Portugal pudesse mudar”, continuou a líder parlamentar.
A deputada deixou ainda uma mensagem a todos os portugueses: “Senhor presidente, permita que me dirige diretamente a todos e a todas os portugueses que nos seguem nas suas casas. Quero, em primeiro lugar, prestar homenagem a todos os que estão em confinamento social, mas deixar uma palavra especial a todas as vítimas. Estamos todos os juntos a enfrentar a pandemia”.
“Poderíamos nós estar noutro local que não no Parlamento, para assinalar os 46 anos do 25 de abril? Não. Não podíamos, mesmo num contexto de estado de emergência, a democracia não pode ficar suspensa. Hoje, mais do que em qualquer outro dia, a casa da democracia tem de dizer 'presente'”, comentou Ana Catarina Mendes, sobre a decisão altamente criticada de celebrar a data no Parlamento. “Fazêmo-lo em nome dos portugueses que nos elegeram e que confiaram na nossa dedicação em manter viva a chama da liberdade, da Constituição e da República, e honrando a democracia representativa.”
“A Constituição não é passado, é presente e é futuro. A visão de Mário Soares levou-nos à integração europeia. Importa olhar para o nosso papel na União Europeia. Nunca os cidadãos foram tão exigentes face ao projeto europeu. No que depender de nós, do PS, a Europa sairá reforçada”.
“Evocar o 25 de abril não é apenas celebrar, é renovar o compromisso. A liberdade é uma flor delicada. Este é o próximo desafio das nossas vidas”, continuou Ana Catarina Mendes, que terminou o seu discurso com uma citação de Miguel Torga: “Recomeça, se puderes, sem angústia e sem pressa. E os passos que deres, neste caminho duro de futuro, dá-os em liberdade, enquanto não a alcançares, não descanses. Em nenhum futuro queiras ser só metade”.