O Manchester City anunciou, em comunicado, que vai deixar de integrar o projeto da Superliga Europeia, apenas dois dias depois da prova ter sido anunciada. Segundo a imprensa inglesa, o Chelsea também vai deixar a Superliga.
"O Manchester City pode confirmar que arrancou oficialmente com os processos para se retirar do grupo de criação da Superliga Europeia", pode ler-se na breve nota.
Em causa está a enorme pressão por parte dos adeptos, jogadores e treinadores, que se mostraram contra a ideia da prova que prevê uma competição com lugar cativo para 15 clubes, sem despromoções, com interesses financeiros como principal motivação.
Desde domingo que as reações têm surgido em grande número por parte de jogadores, antigos atletas, e até treinadores dos clubes que integram o projeto, como Jurgen Klopp e Pep Guardiola. Ontem, os protestos começaram em Elland Road, no jogo entre Leeds e Liverpool e prolongaram-se nesta terça-feira.
Centenas de adeptos do Chelsea estiveram em Stamford Bridge, antes do jogo com o Brighton, com a lenda do clube e atual diretor técnico, Petr Cech, a tentar acalmar os adeptos e a pedir tempo para resolverem a situação.
AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Real Madrid anunciaram no domingo a criação da Superliga Europeia. O objetivo dos 12 clubes fundadores é começar o mais rapidamente possível, com um total de 20 emblemas — 15 cativos e cinco rotativos.
Os 12 clubes referidos pretendem acrescentar outros três ao lote de lugares cativos na competição. O FC Porto recebeu contactos informais para integrar a Superliga Europeia, mas o presidente do clube português, Pinto da Costa, esclareceu que rejeitou o convite, por considerar que a nova competição viola as normas da UEFA e da União Europeia.
UEFA e FIFA confirmaram que os jogadores das equipas que disputem a Superliga serão banidos dos Europeus e Mundiais e proibidos de representar as suas seleções. A UEFA já está a estudar uma forma de excluir, com efeitos imediatos, os 12 clubes fundadores da Superliga das competições europeias.
[Atualizado às 21h00 - comunicado Manchester City]