Palavra de Ronaldo. "Caso Cristiano está encerrado" e o grupo "blindado"
21-11-2022 - 09:28
 • Renascença

A três dias da estreia da seleção nacional no Mundial, o capitão desvaloriza as críticas sobre o timing da entrevista sobre o Manchester United, manda um recado à imprensa e sublinha que já nada tem a provar a poucos meses de fazer 38 anos.

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Cristiano Ronaldo garante que a polémica em torno da entrevista em que demonstrou grande descontentamento com o Manchester United é um capítulo encerrado e garante que, à porta da estreia no Mundial 2022, à seleção nacional está protegida da controvérsia.

Em conferência de imprensa no Qatar, esta segunda-feira, o capitão da seleção nacional desvaloriza o timing da entrevista a Piers Morgan, transmitida mesmo antes do início do estágio da seleção para o torneio.

“Na minha vida, o timing é sempre o timing. Obviamente que, do vosso lado, é fácil opinar. Umas vezes verdade, muitas vezes mentiras. O timing é o meu timing. Não tenho de pensar no que os outros pensam. Tenho a certeza que não vai influenciar aqui na seleção. Toda a gente me conhece e sabem aquilo que sou e penso. Não serão influenciados por aquilo que os outros dizem ou pensam”, afirma o capitão.

Segundo o avançado, "o caso Cristiano está encerrado" e “o grupo está bem, está unido, está blindado".

"É um grupo que quer esta competição. Noto que está confiante. Todos querem jogar, que é algo que gosto de ver. Por isso, não tenho dúvidas que nada abalará o plantel”, afiança.

A brincadeira que resultou em "tempestade"


Tal como João Mário e Bruno Fernandes antes dele, CR7 explica o que aconteceu na chegada à concentração da seleção, depois das imagens divulgadas do cumprimento ao companheiro no United:

“Nestas fases finais, há sempre polémica. Essa do Bruno Fernandes foi mais uma que vos correu mal, vocês falham muito. Fiz uma brincadeira com ele, a minha relação com ele é excelente. Ele chegou tarde porque o avião atrasou e perguntei-lhe se tinha vindo de barco. Foi uma brincadeira e fizeram uma tempestade."

"Como foi também com o Cancelo. Ele estava um bocadinho triste no treino, após uma entrada mais ríspida do Félix, agarrei-lhe no pescoço e disse: ‘Então, pá, bora lá’, a puxar para cima”, acrescenta

Recado aos jornalistas e o que não há a provar


A finalizar a conferência de imprensa, um Cristiano tranquilo aproveita para deixar um pedido aos jornalistas.

“Aproveito para pedir que, quando vierem os próximos jogadores à conferência, não perguntem sempre sobre o Cristiano. Façam perguntas sobre o Mundial, sobre a expectativa que têm, não falem de mim. O caso Cristiano está encerrado, falem da competição. Perguntarem constantemente sobre o Cristiano é chato. Se alguém me fizesse uma pergunta, por exemplo, sobre o Rafa, eu não respondia, porque é um capítulo encerrado. O selecionador deu uma entrevista e falou desse tema. Perguntem coisas sobre a seleção, gostava que fizessem isso para a seleção estar melhor”, salienta.

Este será o quinto Mundial para Cristiano e, por isso, o jogador assume que “a pressão é quase sempre a mesma": "Não sou perfeito, mas sinto-me capacitado para assumir as pressões quando tenho de assumir.”

“Se tivesse de demonstrar aos 37 anos e oito meses seria preocupante depois do que já fiz e já ganhei… Obviamente que tenho sempre de manifestar e poder demonstrar o que sou, para mim e para a minha família e fãs. É mais uma competição de seleções, era um sonho ganhar, mas se não ganhasse mais nenhum troféu estaria satisfeito”, frisa.

Cristiano Ronaldo fazia a antevisão da estreia de Portugal no Mundial 2022, diante do Gana, marcada para quinta-feira, às 16h00, no Estádio 974, em Ras Abu Aboud. Jogo que terá relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.