O Facebook admitiu que pagou a centenas de funcionários externos para ouvir e transcrever conversas áudio do Messenger, noticiou a Bloomberg.
A informação foi revelada por fontes com conhecimento de que este trabalho estava a ser feito. Os funcionários, que pediram anonimato com medo de serem despedidos, dizem que não sabiam a origem dos áudios nem o objetivo das transcrições, o que fez com que alguns dos trabalhadores começassem a ficar desconfiados.
A rede social confirmou a prática, acrescentando que "assim como a Apple e a Google" pararam a "revisão humana de áudio há mais de uma semana". Os utilizadores afetados teriam sido os que optaram pela ferramente que permite a transcrição de mensagens de voz. Os trabalhadores externos estariam a verificar se a inteligência artificial do Facebook estava a interpretar corretamente as mensagens.
A Apple conifrmou este mês que vai deixar de escutar as conversas dos utilizadores de iPhone, na mesma altura em que a Google foi obrigada a suspender a prática de análise de comandos/conversas registadas no assistente digital da empresa.
Em abril, a Amazon também admitiu recorrer a este tipo de trabalhos externos para transcrições de áudios, noticiou a Bloomberg na altura.
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, já tinha negado alegações de escutas áudio. "Está a falar de uma teoria da conspiração, que anda por aí, que diz que nós ouvimos o que se passa nos vossos telemóveis e usamos essa informação para publicidade. Nós não fazemos isso" disse Zuckerberg ao senador americano Gary Peters, em abril de 2018.