O administrador da Sonae MC Miguel Águas afirmou esta quinta-feira que "é inevitável" que haja aumentos de custos ao longo da cadeia devido à subida do preço do combustível, mas trabalha para que "impacto não seja sentido pelos clientes".
O responsável falava aos jornalistas à margem da inauguração do novo edifício do Centro de Distribuição da Sonae MC, na Azambuja, que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sendo o maior entreposto refrigerado em Portugal.
Questionado sobre o aumento dos combustíveis, Miguel Águas referiu que "obviamente impacta os custos de transporte de mercadorias" para a lojas da Sonae e dos seus concorrentes.
"Nós temos bastante confiança e sabemos que somos especialmente eficientes, aliás, este entreposto traz maior eficiência da operação e, portanto, até estamos mais salvaguardados, mais protegidos do impacto dessa crise", prosseguiu o administrador.
"Mas é inevitável que haja aumentos de custos ao longo da cadeia e, portanto, a prazo, essa crise pode levar até que o setor como um todo acabe por ter impactos ou na sua conta exploração ou impacto no custo dos próprios produtos para os consumidores", considerou.
Já sobre se considera que o Governo deveria intervir nesta matéria, Miguel Águas foi perentório: "A Sonae não quer imiscuir-se no que o Governo deve ou não fazer".
No entanto, "preocupa-nos e pelo nosso lado trabalhamos para que o impacto não seja sentido pelos clientes e, por isso, também este investimento serve também para dar resposta a essa eficiência que temos de trazer do nosso lado", acrescentou.