O Presidente francês, Emmanuel Macron, adiantou hoje que encetou contactos com a Polónia, após os relatos da queda de mísseis russos neste país da NATO, e que planeia discutir o assunto esta quarta-feira na cimeira do G20.
Emmanuel Macron está a explorar a possibilidade de uma discussão amanhã de manhã [quarta-feira] ao nível dos líderes" do G20, reunidos numa cimeira na Indonésia onde também se encontra o governante francês, de acordo com um comunicado da presidência francesa.
O segundo dia da cimeira do G20 "será um momento importante para sensibilizar os principais parceiros, como o Presidente da República tem feito desde o início da guerra", salientou o Palácio Eliseu, que garantiu ainda que o chefe de Estado francês está a "acompanhar a situação".
Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, indicou hoje que está em contacto com os dirigentes da União Europeia (UE), incluindo as autoridades polacas, e outros aliados, para analisar a situação ocorrida na Polónia.
O líder do Conselho Europeu manifestou-se através da rede social Twitter "em choque com a notícia de que um míssil ou outra munição matou pessoas em território polaco", endereçando as suas condolências aos familiares.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, apelou aos países membros da NATO para quem convoquem uma reunião "imediata".
"Uma resposta coletiva às ações russas deve ser dura e baseada em princípios. Entre as ações imediatas: uma reunião da NATO com a participação da Ucrânia para elaborar novas ações conjuntas, que forçarão a Rússia a mudar de rumo na escalada e fornecer à Ucrânia aeronaves modernas", sublinhou Kuleba no Twitter.
Antes, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha acusado a Rússia de disparar os mísseis contra a Polónia, defendendo que este é um "ataque à segurança coletiva" e uma "escalada muito significativa" no conflito.
Também o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, sublinhou os "graves relatos" de ataques com mísseis que causaram baixas na Polónia.
"Estamos em contacto próximo com a Polónia e outros nossos parceiros da NATO. Agora é importante estabelecer exatamente o que aconteceu. Estamos a acompanhar a situação de perto", realçou Mark Rutte através do Twitter.