O Presidente russo, Vladimir Putin, acusa o seu homólogo ucraniano, Petro Poroshenko, de orquestrar a crise no estreito de Kerch para ganhar votos na contagem decrescente para as eleições.
Nos seus primeiros comentários sobre o incidente que resultou na captura de três navios e de 24 marinheiros ucranianos pelas forças russas, Putin fala numa “provocação” de Kiev a Moscovo.
“O Presidente ucraniano está em quinto lugar nas sondagens e tinha que fazer alguma coisa. O incidente foi usado como pretexto para aplicar a lei marcial”, afirma o Presidente russo.
Putin alega que os barcos ucranianos entraram em águas russas, mas desvaloriza o acontecimento como um pequeno incidente fronteiriço.
O Presidente russo espera que a escalada de tensão com a Ucrânia não impeça a reunião com o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, à margem da próxima cimeira do G20.
O Kremlin adianta que o encontro continua a ser preparado e que Washington ainda não desmarcou.
O secretário norte-americano da Defesa, Jim Mattis, disse esta quarta-feira que o incidente no estreito de Kerch, entre o Mar de Azov e do Mar Negro, mostra que não se pode confiar na palavra da Rússia.
“Foi uma violação flagrante da lei internacional”, declarou Jim Mattis aos jornalistas, no Pentágono.