"Foi impossível processar todos os pedidos de 'lay-off'", reconhece Siza Vieira
30-04-2020 - 02:00
 • Renascença

Ministro da Economia referiu também esta quarta-feira que os pedidos de crédito das empresas já excederam a linha de financiamento criada pelo Governo em 3,1 mil milhões de euros.

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O ministro da Economia reconheceu esta quarta-feira que "foi virtualmente impossível à máquina da Segurança Social conseguir processar" todos os pedidos de "lay-off" no âmbito das medidas do Governo para colmatar o impacto da pandemia de Covid-19 na economia.

“A Segurança Social já efetuou pagamentos nos dias 24 e 28 de abril referentes ao 'lay-off', e serão feitos outros nos dia 30 de abril e 5 de maio", explicou Pedro Siza Vieira em entrevista à SIC Notícias esta noite. "Estes quatro casos dizem respeito a pedidos de 'lay-off' que entraram no sistema da Segurança Social antes do dia 10 de abril. Quanto aos pagamentos que entraram depois desse dia, a máquina da Segurança Social não conseguiu processá-los todos e assegurar os pagamentos nas datas em que, originalmente, o Governo gostaria de os ter feito”, adiantou.

Face a isto, o ministro garante que “vai ser feito um esforço adicional para ver se todos estes pedidos são pagos na primeira quinzena de maio”.

Na mesma entrevista, o ministro da Economia confirmou que os pedidos de crédito entregues pelas empresas para apoio à tesouraria neste tempo de pandemia já excederam o montante total da linha criada pelo Governo em mais de três mil milhões de euros, sendo que "o somatório total dos pedidos de crédito que deram entrada é de 9,3 mil milhões de euros”, informou.

“Os bancos fizeram a entrega de 43 830 operações de crédito. Na verdade foram mais porque muitos empresários pediram crédito a mais do que um banco e, portanto, seguiram em duplicado pedidos de crédito e nesse sentido temos fechado um total que largamente excedeu as linhas de crédito”, indicou o governante.

Segundo Siza Vieira, “neste momento estão aprovadas pela Garantia Mútua 15 529 operações num total de 3 275 milhões de euros, ou seja, 53% da capacidade total destas linhas”.