Lisboa recebe Websummit durante uma década

A vitória de Lisboa ao ser escolhida para receber a maior conferência mundial sobre Internet nos próximos 10 anos é "uma grande vitória" na opinião do eurodeputado Paulo Rangel. Todo o país tem condições para acolher este tipo de "incubadoras empresariais" e põe o país na vanguarda não só da UE mas a nível mundial. Lisboa passa ter uma marca de "cidade digital" que, segundo Rangel, acaba por justificar o investimento de 11 milhões de euros anuais para os próximos 10 anos. Porque os ganhos que a capital portuguesa tem a vários níveis, superam em muito este gasto.

Negociações do OE perto do fim

A discussão do Orçamento do Estado para 2019 esteve esta semana em destaque no nosso país, por termos de cumprir com uma série de requisitos impostos pela União Europeia. Rangel diz que o esvaziamento completo dos serviços públicos está a acontecer, e recorda os problemas nas áreas da Saúde, da Educação ou da Protecção Civil (com as consequências que houve no ano passado ao nível dos incêndios florestais). Basicamente, afirma Rangel, "o Estado está a tirar aos cidadãos a oferta de serviços para poder criar a ilusão de que ganham mais alguns euros por mês", ou seja, as pessoas ganham mais um bocadinho em cada mês, mas acabam por ter muito piores serviços públicos.

Brasil vira à extrema-direita: o que pode mudar na relação com a UE?

Com a vitória de Bolsonaro quase certa e a mensagem populista a estender-se à América do Sul. Rangel mostra-se extremamente preocupado com a situação naquele país, até porque foi durante três anos o primeiro presidente da relação UE/Brasil e lutou muito para que houvesse uma delegação brasileira junto da UE. O eurodeputado do PSD diz que qualquer uma das soluções é má (Hadad ou Bolsonaro), mas que Bolsonaro é uma solução muito mais perigosa para os brasileiros e para o resto do mundo, Europa incluída. Para o relacionamento com este gigante económico, o mal menor seria Hada, afirma Rangel, porque dá garantias de cumprir as regras do Estado de DIreito e da Democracia. Mas, quer para a UE, quer para Portugal, a evolução para um regime muito no género das Filipinas, vai desgastar muito as relações entre os dois blocos, quer a nível político, quer económico.

"Manter o Chefe de Estado Maior do Exército é insustentável"

O chefe de Estado Maior do Exército, general Rovisco Duarte, não tem condições para continuar no cargo na sequência do caso de Tancos, defende o eurodeputado Paulo Rangel no programa Casa Comum da Renascença.

“Acho que há uma coisa que é insustentável, que é manter o chefe de Estado Maior do Exército em funções", afirma o social-democrata. Paulo Rangel critica o facto de o general Rovisco Duarte não ter sido capaz "ou ter recusado" lançar uma auditoria e um inquérito e tomar medidas", após o furto de armamento militar dos paióis de Tancos. "Porque agora ficamos com a dúvida se ele recusou porque havia algum incómodo por isto ser alguma coisa feita pelas Forças Armadas ou com a sua conivência e não se queria trazer isso cá para fora, enfim, nós não sabemos o que está por trás", refere o eurodeputado.

Na leitura de Paulo Rangel, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, também começa a ficar "contaminado" pelo caso ao manter Rovisco Duarte em funções. "O chefe de Estado Maior do Exército não tem quaisquer condições e à medida que o ministro da Defesa, cada vez mais, vai cobrindo o chefe de Estado Maior do Exército, evidentemente que ele também começa a ficar contaminado”, sublinha Rangel.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus