Joan Laporta, presidente do Barcelona, encara a Superliga Europeia como uma "necessidade" devido ao momento financeiro que os clubes vivem, devido à pandemia da Covid-19.
"A Superliga é uma necessidade, mas a última palavra é dos sócios. Os grandes clubes contribuem muito e temos que participar na distribuição dos recursos", disse, em declarações à TV3.
Laporta regressou recentemente à presidência do Barcelona e mantém esperança que a Superliga Europeia possa ser uma realidade: "Deve ser uma competição atrativa e baseada nos méritos desportivos. Somos defensores das ligas nacionais e estamos abertos para conversar com a UEFA".
Questionado sobre o afastamento de alguns clubes e o silêncio do Barcelona, que se mantém como o único clube ainda oficialmente no projeto a par do rival Real Madrid, Laporta diz que a proposta da Superliga Europeia ainda não caiu.
"Tem havido pressão em alguns clubes, mas a proposta ainda existe. Fazemos investimentos muito importantes, os salários são muito altos e todas essas considerações têm que ser levadas em conta da mesma forma que o mérito desportivo", termina.
No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
A prova está atualmente suspensa, segundo um comunicado da organização, depois de 10 clubes do projeto.
UEFA e FIFA confirmaram que os jogadores das equipas que disputem a Superliga serão banidos dos Europeus e Mundiais e proibidos de representar as suas seleções. A UEFA já está a estudar uma forma de excluir, com efeitos imediatos, os 12 clubes fundadores da Superliga das competições europeias.