O candidato presidencial do centro-direita François Fillon pede desculpa aos franceses por ter cometido um erro de julgamento ao empregar a mulher como sua assessora, mas vai continuar na corrida.
Numa conferência de imprensa esta segunda-feira, François Fillon voltou a negar que a mulher tenha desempenhado um falso emprego no seu gabinete parlamentar, como avançaram as notícias das últimas semanas.
O antigo primeiro-ministro defende que o trabalho da mulher ao longo de 15 anos foi “vital” para o seu cargo e “foi tudo legal”.
Numa tentativa para encerrar a polémica, Fillon referiu ainda ser frequente os políticos empregarem familiares nos seus gabinetes, mas essa prática deixou de ser aceite pelos franceses, salientou.
“Foi um erro, que eu lamento profundamente, e peço desculpa ao povo francês”, declarou o candidato presidencial do centro-direita.
François Fillon, de 62 anos, atira a polémica para trás das costas e declarou que “uma nova campanha” começa esta segunda-feira.
“Eu sou o único candidato que pode trazer uma recuperação nacional”, afirmou.
Sondagem deixa Fillon fora da segunda volta
Uma sondagem revelada esta segunda-feira deixa François Fillon fora da segunda volta. O candidato do centro-direita surge em terceiro lugar, atrás do independente Emmanuel Macron e da líder da extrema-direita Marine Le Pen.
François Fillon desce de 21% para 18,5%, de acordo com o barómetro do instituto IFOP.
Com 25,5%, Marine Le Pen sobe 1,5% e é apontada como vencedora da primeira volta, marcada para 23 de Abril. Emmanuel Macron garante o segundo lugar, com 20,5%, mais 0,5% em relação o estudo anterior.
O candidato socialista Benoit Hamon perde terreno e não vai além dos 15,5%.
Numa segunda volta, Emmanuel Macron venceria confortavelmente Marine Le Pen, indica a sondagem do instituto IFOP.