O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, garante que as indemnizações aos familiares das vítimas dos incêndios que atingiram a zona centro do país vão ser pagas em tempo recorde.
“O caso anterior, que era um caso excepcionalíssimo de pagamento de indeminizações num prazo muito curto, foi o ligado ao acidente de Entre-os-Rios, há 17 anos. Neste caso, usámos a mesma metodologia, uma entidade independente para fixar critérios de indemnização. As três personalidades que constituíram essa comissão em menos de um mês fixaram os critérios. Cabe agora à provedoria de Justiça aplicar esses critérios a cada caso concreto. Estou certo que o fará num tempo como nunca sucedeu em Portugal”, disse à Renascença Eduardo Cabrita.
O conselho para a atribuição de indemnizações às vítimas dos incêndios entregou esta terça-feira o relatório ao primeiro-ministro, fixando em 70 mil euros o valor mínimo para privação de vida, ao qual se somam ainda mais dois critérios.
Os pedidos de indemnização devem ser entregues até 15 de Fevereiro junto da Provedoria da Justiça.
As situações mais graves de incêndios em Portugal este ano ocorreram em Junho, em Pedrógão Grande - quando um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos -, e a 15 de Outubro passado, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, que provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.