O primeiro-ministro português considerou esta quinta-feira que o Presidente russo, Vladimir Putin, deu uma "nova vida à NATO", sublinhando que a Aliança "está bem viva" e que nem o 'Brexit' nem o foco dos Estados Unidos no Indo-Pacífico a enfraqueceram.
Falando aos jornalistas no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), pouco depois de ter participado na cimeira de líderes da Aliança, António Costa salientou que Vladimir Putin sofreu duas derrotas ao invadir a Ucrânia, no passado dia 24 de fevereiro.
"A primeira grande derrota que Putin teve foi a extraordinária capacidade de resistência dos ucranianos, que demonstraram bem a sua alma nacional e a sua vontade de proteger a independência do seu território, e uma segunda grande derrota que Putin teve foi ter dado uma nova vida à NATO", disse.
Referindo-se às palavras do Presidente francês que, em novembro de 2019, tinha afirmado que a Aliança estava em "morte cerebral", o primeiro-ministro referiu que "hoje vê-se que a NATO está bem viva e reforçou significativamente os seus laços transatlânticos".
"Não foi a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) que enfraqueceu a NATO, nem o facto de os Estados Unidos terem hoje uma outra atenção para a região do Indo-Pacífico", frisou.