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Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, promete mais transparência na divulgação de dados sobre os infetados e mortos pelo coronavírus em Portugal. Questionada pela Renascença, Graça Freitas esclarece que a DGS está a trabalhar em metodologias de divulgação de informação e aborda as dificuldades na recolha de números exatos.
"A DGS está obrigada a ter regras de segredo estatístico, mas vamos começar a publicar informação das cidades, vamos ter um mapa de geolocalização. Muitas pessoas não estão em cidades, mas em localidades pequenas. Sou a favor que se tenha muita informação. Já tivemos as cadeias de transmissão no boletim, mas só publicamos o que temos a certeza", explica.
São milhares de casos em análise todos os dias, milhares de pessoas em observação e centenas de casos confirmados, números que dificultam a tarefa da DGS.
"Temos de ter a noção que estamos a triar milhares de pessoas, internar centenas, em vigilância ativa estão 12 mil cidadãos, é uma carga muito grande de trabalho. Estamos a afinar a metodologia de recolha de informação, de forma a que seja simples, fácil e organizada e que permitam dar a melhor informação. Queremos ser mais transparentes e estamos a trabalhar nessas ferramentas", garante.
Graça Freitas destaca a vasta equipa de cientistas que está a trabalhar na tentativa de travagem da propagação do coronavírus e informa que poderá ainda ser reforçada: "A partilha de dados com a ciência é desejada. Trabalhamos com o Instituto Ricardo Jorge, Faculdade de Ciências de Lisboa, Professor Henrique Barbosa, do ISPUP e outros especialistas. Poderemos alargar esta base de conhecimentos, se assim a lei nos permitir".