O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte de uma jovem militar no mar ao largo da Praia da Lagoa, na Póvoa de Varzim (Porto), apresentando “os seus sentidos pêsames” aos seus familiares e ao Exército.
“O Presidente da República lamenta o falecimento acidental de uma jovem militar no mar da Póvoa de Varzim”, lê-se numa nota publicada no site da Presidência.
“O Comadante Supremo das Forças Armadas, que já falou ao telefone com uma tia da malograda jovem, apresenta os seus sentidos pêsames aos seus familiares, amigos e camaradas, bem como ao Exército”, acrescenta.
O helicóptero da Força Aérea Portuguesa que operava nas buscas por uma jovem desaparecida hoje de madrugada retirou do mar um cadáver cerca das 16h00.
Segundo observou a Lusa no local, o corpo foi localizado na água cerca de meia hora antes do resgate, que foi posteriormente efetuado por um mergulhador que saiu do helicóptero.
O Capitão do Porto da Póvoa de Varzim disse, hoje, que “tudo leva a crer” que o corpo resgatado esta tarde, no mar, junto à Praia da Lagoa, seja o da jovem militar de 20 anos, que esta madrugada foi arrastada por uma onda.
“Foi recolhido um corpo da água pelo helicóptero da Força Aérea, que tudo leva crer que seja o da jovem que estava desaparecida. Não temos a confirmação total que seja da pessoa em causa, mas pelas características que nos foram dadas, tudo aponta que será”, disse Ferreira Teles.
O alerta para o incidente envolvendo oito militares que frequentavam um curso de formação da Escola Prática de Serviços da Póvoa de Varzim foi dado às 04h48.
Segundo o Exército, os oito militares “saíram de um estabelecimento de diversão noturna, onde se deslocaram para convívio social, e decidiram ir até junto da linha de água da praia da Lagoa na Póvoa de Varzim”, tendo sido arrastados por uma onda.
Sete das vítimas conseguiram regressar a terra, mas uma jovem, de 20 anos, ficou desaparecida.
Os sete militares foram encaminhados para o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim, onde, segundo fonte da unidade, deram entrada "com lesões musculares, hipotermia, num quadro traumático violento em termos emocionais, mas nenhum em risco de vida”.
Até ao início da tarde, três das vítimas tinham sido transferidas para o Hospital Militar do Porto para “continuarem a ser vigiadas”, três tinham recebido alta e uma permanecia em observação no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim.
Num ponto se situação feito pelas 13h15, comandante local da Polícia Marítima considerou que “a tragédia podia ter sido maior, mas sobretudo evitada”.
A Autoridade Marítima Nacional efetuou diversos avisos devido à agitação marítima e apelou aos cidadãos [para] que tenham uma cultura de segurança, para evitar o risco. Estamos no inverno, o mar tem muita energia e qualquer passeio na praia, junto ao mar, pode ser fatal”, alertou o responsável da Capitania da Póvoa de Varzim.
Sobre este incidente, Ferreira Teles informou que “será feito um inquérito e caberá ao Ministério Público mandar o órgão de policial criminal fazer as investigações”.