Banco de Portugal impõe reservas de fundos próprios a seis bancos "sistémicos"
29-12-2015 - 20:07

Caixa, BCP, Novo Banco, BPI, Santander Totta e Montepio terão que criar reservas de fundos próprios.

O Banco de Portugal impôs a constituição de uma reserva de fundos próprios a seis bancos considerados como sistémicos, que terão de cumprir essa exigência a 1 de Janeiro de 2017.

A informação foi divulgada esta terça-feira pela instituição liderada por Carlos Costa e refere que a imposição desta reserva de capital se aplica às "instituições de importância sistémica": Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Novo Banco, BPI, Santander Totta e Caixa Económica Montepio Geral.

“Esta reserva deverá ser constituída por fundos próprios principais de nível 1 em base consolidada e deverá ser cumprida a partir de 1 de Janeiro de 2017”, lê-se no comunicado divulgado pelo supervisor e regulador bancário.

A Caixa Geral de Depósitos é o banco a quem é exigida uma reserva de fundos próprios mais elevada, de 1% do montante total das posições em risco.

No caso do BCP e do Novo Banco a percentagem é 0,75% do total.

Já BPI e Totta têm de constituir ambos reservas de fundos próprios de 0,50% do total das posições em risco.

O Montepio é a entidade que tem a exigência menor, de 0,25%.

O nível de reserva de capital imposto aos bancos é mais elevado quanto maior for a importância sistémica da instituição.

De acordo com o aviso do Banco de Portugal, que dá conta da imposição de reserva, esta tem como objectivo “compensar o risco mais elevado que estas instituições [sistémicas] representam para o sistema financeiro português devido à sua dimensão, complexidade de negócio e/ou grau de interligação com outras instituições do mesmo sector, podendo exercer efeitos de contágio para o resto do sistema financeiro e para o sector não financeiro”.

Inicialmente, em Junho deste ano, o Banif também foi incluído nas instituições que teriam de vir a cumprir mais esta exigência de capital, mas o Banco de Portugal decidiu excluir a entidade com a medida de resolução de 20 de Dezembro.