A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses chegaram esta quinta-feira a acordo para atribuir aumentos salariais médios de 1,5% com retroativos a julho, disseram à Lusa ambas as partes do processo negocial.
“No âmbito da contratação coletiva, assinámos hoje um acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses sobre aumentos salariais de 1,5% que se aplicam com retroativos a 1 de julho”, disse à Lusa o presidente da APHP, Óscar Gaspar.
De acordo com o líder da associação, os aumentos abrangem cerca de 5.200 enfermeiros dos quadros dos hospitais privados.
Para o dirigente do SEP Jorge Rebelo, este foi “o acordo possível”, após as negociações com a associação que, segundo disse, se mostrou “indisponível” para rever outras matérias como a redução da carga horária dos enfermeiros.
Além disso, a atualização acordada ficou aquém da proposta do SEP, de aumentos salariais de 3,5% para todos os enfermeiros, acrescentou.
Segundo explicou Jorge Rebelo, foi acordado um aumento salarial médio de 1,5%, o que significa que nos níveis mais baixos, como é o caso da remuneração de ingresso (1.230 euros), o acréscimo será superior.
Jorge Rebelo destacou ainda como “positivo” o facto de “algumas instituições" terem manifestado "abertura para negociar as horas incómodas”, ou seja, prestadas à noite, sábados, domingos e feriados.