O presidente do Conselho Económico e Social (CES) defende que serão necessárias políticas públicas de natalidade universais, que se apliquem a todas as famílias. A ideia foi deixada durante o primeiro painel da conferência “Pós-Pandemia, Recuperação e Resiliência do Pilar Social em ano de descentralização de competências”, organizado pela Renascença e a autarquia de Gaia.
"Estão a prestar um grande serviço à sociedade e é preciso que tenham um apoio, independente dos seus rendimentos", defendeu.
"Há razões culturais para a quebra da natalidade, mas também há fatores económicos e sociais. Há um problema sério de habitação em Portugal e várias formas de o resolver, mas tem de haver uma resposta a esta situação dramática nas áreas urbanas", apontou.
Francisco Assis descreve um "problema sério da habitação" que exige uma resposta imediata.
Na sua intervenção, sublinhou a importância de aumentar o salário médio e que, para tal, é necessário "o crescimento da economia".
"Não podemos ficar satisfeitos com a situação atual. Temos de encontrar meios para melhorar a produtividade no trabalho. Melhorar a organização no trabalho, apostar na educação, na inovação", apelou.
Por outro lado, diz que o reforço da competitividade deve resultar numa distribuição salarial "mais justa".
O presidente do CES pretende promover "uma profunda reforma" deste conselho, através de uma alteração à Lei do CES no Parlamento, acreditando num "consenso nacional" para o país avançar para a capitalização do setor social.