É caso para colocar a pergunta neste momento em que se aguarda com legítima expectativa a estreia da nova selecção, agora sob o comando de Roberto Martinez, recém-chegado do comando da selecção da Bélgica à frente da qual permaneceu durante seis anos consecutivos, tendo-a orientado no decorrer de 80 jogos.
Embora não tenha conseguido chegar a qualquer título, manteve aquela selecção durante vários anos no topo do ranking mundial, fruto da presença de jogadores de muito alta qualidade, podendo mesmo falar-se de uma verdadeira geração de oiro.
A chegada a Portugal do catalão Roberto Martinez suscitou, desde o anúncio da sua contratação, justificadas expectativas, conhecendo-se as suas características enquanto treinador, provavelmente bastante diferentes das de Fernando Santos, que o antecedeu no cargo de responsável maior da Federação Portuguesa de Futebol.
Começar por defrontar o Liechensestein na fase de qualificação para o Campeonato da Europa do próximo ano é, sem dúvida, de bom augúrio. É que, salvo qualquer “catástrofe” a nova selecção vai começar com uma vitória em Alvalade, estando por se saber por que números e em consequência de que exibição.
Neste momento está construída a ideia de que o nosso onze adoptará a utilização de três centrais. E a prova disso é que Martinez na sua primeira convocatória incluiu nada menos do seis centrais, sendo no entanto mais tarde forçado a renunciar à utilização de Pepe, lesionado ao serviço do Futebol Clube do Porto.
As vozes que por aí pairam no nosso universo desportivo têm revelado alguma cautela, sem grandes euforias, mas também sem que sejam visíveis grandes desconfianças.
O primeiro jogo a realizar na noite de quinta-feira poderá vir a fornecer alguns indícios, e algumas dúvidas poderão começar a ficar esclarecidas.
Por exemplo, que papel é que o novo seleccionador vai atribuir a Cristiano Ronaldo, numa altura em que continua a merecer debate tanto quanto à sua utilização como à falta dela.