Arcebispo de Braga pede prudência e lembra que perigo do contágio não passou
03-05-2020 - 12:50
 • Lusa

A Conferência Episcopal Portuguesa anunciou no sábado o recomeço gradual de celebrações religiosas a partir de 30 de maio.

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O arcebispo de Braga defende a necessidade de prudência e paciência face à pandemia de Covid-19, numa nota sobre a organização da pastoral após o estado de emergência.

"Tendo em vista a defesa da vida e a saúde de todos, o retomar da vida das comunidades terá de ser um processo gradual, prudente e paciente", afirma D. Jorge Ortiga na "nota pastoral para organizar a pastoral após o estado de emergência nacional", divulgada na página da Arquidiocese de Braga na internet.

"Por nós, para além da luta contra o vírus, é também importante o testemunho e o exemplo. Não podemos ter pressa nem ser precipitados", sublinha.

"O momento é de grande ponderação e responsabilidade. Que a nossa intervenção seja pedagógica. Temos o dever de elucidar os cristãos e de o fazer com paciência e perseverança. O perigo do contágio não passou", apela o arcebispo primaz.

"Fomos vencendo algumas batalhas, mas ainda não vencemos a guerra", alerta o responsável, pedindo a todos para que sejam "rigorosos no cumprimento de todas as determinações oficiais".

O novo coronavírus vai durar "durante muito tempo", prevê o arcebispo de Braga, advertindo que o cansaço pode levar a situações de incumprimento.

A Conferência Episcopal Portuguesa anunciou no sábado o recomeço gradual de celebrações religiosas a partir de 30 de maio, admitido pelo Governo, na sequência do fim do estado de emergência.

No documento, intitulado "Hora de ir recomeçando", o arcebispo pede atenção às "necessidades espirituais, psicológicas, físicas e inter-relacionais que resultam de situações cruciais como pobreza, doença, morte, violência doméstica, isolamento e de tantas outras situações".

Também o Cardeal Patriarca de Lisboa apelou para que não haja retrocessos. D. Manuel Clemente lembra que a Igreja quer voltar a reunir os fiéis, mas sem qualquer risco de voltar a haver um novo surto.