O candidato democrata à Casa Branca Joe Biden acusou o Presidente dos EUA de usar as forças armadas "contra os americanos" e gás lacrimogéneo contra "manifestantes pacíficos".
"Ele está a usar as Forças Armadas contra os americanos. Ele está a usar gás lacrimogéneo contra os manifestantes pacíficos e a disparar balas de borracha. Para uma foto", publicou o ex-vice-presidente dos EUA na rede social Twitter, após a visita surpresa de Donald Trump a uma igreja icónica junto à Casa Branca, durante protestos por causa da morte do afro-americano George Floyd às mãos da polícia, há uma semana, em Minneapolis.
Antes, Biden prometera lidar com o “racismo institucional” nos primeiros 100 dias do seu mandato, se for eleito Presidente dos EUA.
Biden reuniu com cerca de uma dúzia de líderes afro-americanos, em Wilmington, Delaware, antes de partir para Los Angeles, Atlanta, Chicago e St. Paul, onde se encontrará com os autarcas destas cidades particularmente fustigadas por ações de violência ligadas às manifestações de protesto contra a morte de George Floyd, o homem negro que morreu sob custódia policial.
“O ódio simplesmente não se esconde. Não desaparece. Quando alguém no poder que respira oxigénio para o ódio debaixo de pedras, o ódio emerge das pedras”, disse Biden, no encontro com os líderes negros, repetindo as críticas ao seu rival e Presidente, Donald Trump, a quem acusa de instigar à violência, com mensagens na rede social Twitter.
Se for eleito, Biden diz que procurará soluções para o “racismo institucional” e prometeu criar um órgão de supervisão policial, logo nos primeiros dias do mandato.
Pelo menos sete pessoas morreram e mais de cinco mil pessoas foram detidas nos Estados Unidos desde o início dos protestos contra a morte do afro-americano George Floyd às mãos da polícia, segundo a agência de notícias Associated Press.
O americano, de 46 anos, morreu devido à pressão feita no seu pescoço e estava sob o efeito de drogas, concluiu o médico legista responsável pela autópsia.