Só faltam 100 mil euros para museu conseguir comprar quadro "Adoração dos Magos"
11-04-2016 - 13:04

Campanha "Vamos pôr o Sequeira no lugar certo" decorre até ao fim de Abril. Já recebeu milhares de contributos de cidadãos, de associações, fundações, juntas de freguesia, autarquias e empresas.

A campanha de aquisição do quadro de Domingos Sequeira "Adoração dos Magos", lançada pelo Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, atingiu cerca de 515 mil euros.

A campanha para angariação de 600 mil euros para a compra do quadro entra agora na recta final da iniciativa, lançada em Outubro do ano passado, e que decorre até ao final de Abril.

Esta acção inédita no país tem como objectivo comprar a tela "A Adoração dos Magos" (1828) pertencente a privados, para colocá-la no MNAA, que detém no seu acervo o desenho final e vários preparatórios.

Intitulada "Vamos pôr o Sequeira no lugar certo", a campanha recebeu milhares de contributos de cidadãos anónimos, de associações, fundações, autarquias de todo o país, empresas e instituições.

De acordo com o sítio da campanha, patrocinar.publico.pt. , contribuíram até agora, entre outros, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Fundação Carmona e Costa e a Fundação Luso-Americana, o Automóvel Clube de Portugal, a associação AGIC de guias e intérpretes, os arquitectos Aires Mateus e a galeria Jorge Welsh.

Os 200 mil euros doados pela Fundação Aga Khan foram a maior doação até agora para a campanha, e, segundo o museu, aquela que deu "o maior impulso" para entrar na recta final da aquisição.

A tela de Domingos Sequeira - considerada "insubstituível" pelo museu - faz parte da série "Palmela", com quatro pinturas religiosas, e o MNAA possui, na sua colecção, os desenhos preparatórios de estudo de todas elas, mas não os respectivos óleos.

O MNAA tem no seu acervo cerca de 30 obras em pintura e desenho de Domingos Sequeira (1768-1837), cujo trabalho realizado, nas primeiras décadas do século XIX, se situa entre o Classicismo e o Romantismo, de um modo similar a Francisco de Goya, seu contemporâneo na cultura espanhola, segundo o museu.