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Creches, ensino pré-escolar e primeiro ciclo devem retomar o funcionamento presencial já na próxima semana. É, pelo menos, o que está em cima da mesa do Conselho de Ministros, segundo avançou fonte do Governo à Renascença.
O Conselho de Ministros ainda está reunido para aprovar o plano de desconfinamento que o primeiro-ministro prometeu divulgar esta quinta-feira. Contudo, ainda não há hora para a conferência de imprensa, prevendo-se que seja ao fim da tarde ou já mesmo à noite.
Para além da reabertura das creches e dos primeiros anos de ensino, o Governo também está a ponderar a abertura de alguns estabelecimentos comerciais, como cabeleireiros e livrarias.
A maioria dos partidos, ouvidos nos últimos dias pelo executivo e pelo Presidente da República, são favoráveis à abertura de barbeiros e cabeleireiros, desde que cumprindo as regras sanitárias, naturalmente, e com marcação prévia.
A abertura de livrarias e a possibilidade de algum comércio fazer vendas ao postigo foi adiantada ainda na quarta-feira pelo presidente do Chega, André Ventura, depois da videoconferência com o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa tem pedido cuidado no desconfinamento. Na exposição de motivos do decreto do estado de emergência, que foi aprovado esta tarde no Parlamento, o chefe de Estado avisa que é necessário “acautelar os passos a dar no futuro próximo”.
Regra geral, cada vez que aprova regulamentações do estado de emergência, o primeiro-ministro dá conhecimento antes de as anunciar em conferência de imprensa.
Já houve, inclusive, ocasiões em que António Costa se deslocou do Palácio da Ajuda ao Palácio de Belém (que é basicamente descer a Calçada da Ajuda) entre o fim da reunião do Governo e a conferência de imprensa, de forma a ter o prévio conhecimento e aceitação por parte do Presidente daquilo que vai anunciar.
Desta vez, a forma de comunicação dependerá da hora a que terminar o Conselho de Ministros, uma vez que Marcelo Rebelo de Sousa voa esta quinta-feira ao fim do dia para Roma.
O Presidente tem uma audiência com o Papa Francisco, na sexta-feira de manhã, seguindo depois para Madrid onde terá um encontro com o Rei de Espanha.
Por isso, o Presidente da República não fará uma comunicação ao país transmitida pela televisão no dia em que é renovação o estado de emergência, ao contrário do que tem acontecido na maioria das vezes.
Deve antes divulgar uma mensagem escrita, tal como preferiu fazer durante a campanha eleitoral para as presidenciais.
Portugal regista esta quinta-feira mais 18 mortes e 627 novos casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). É o dia com o menor número de óbitos desde 22 de outubro do ano passado.