Kiev diz que mais de 600 localidades foram libertadas
14-10-2022 - 09:40
 • Renascença com agências

Há várias semanas, o exército ucraniano tem realizado uma contraofensiva neste território no sul da Ucrânia.

As forças armadas da Ucrânia libertaram mais de 600 localidades da ocupação russa num mês, incluindo 75 na região de Kherson, avançou o Ministério da Reintegração dos Territórios Temporários Ocupados.

Cerca de 502 localidades foram libertadas na região nordeste de Kharkiv, enquanto 43 localidades foram libertadas em Donetsk e sete em Lugansk.

“A área dos territórios libertados aumentou significativamente”, conclui o ministério em comunicado.

As atividades nos territórios desocupados foram retomadas, tendo a Ucrânia organizado tanto a entrega de pensões como a prestação de assistência financeira única às pessoas. Todos os que sobreviveram à ocupação recebem uma ajuda única de UAH 1200 da Sociedade da Cruz Vermelha Ucraniana (cerca de 33 euros).

A evacuação dos territórios recentemente desocupados continua, onde será extremamente difícil viver este Inverno. Os sistemas de apoio ainda não estão totalmente operacionais e algumas cidades e aldeias ainda carecem de eletricidade, água e calor. Há também uma parte do território que precisa de ser desminada.

A Rússia vai ajudar a organizar a retirada de civis da zona de Kherson, no sul da Ucrânia, após um pedido da administração russa de ocupação na região, perante a contra-ofensiva das forças de Kiev.

Há várias semanas, o exército ucraniano tem realizado uma contra-ofensiva neste território no sul da Ucrânia, anexado por Moscovo no final de setembro, reclamando a recaptura de uma zona com mais de 400 quilómetros quadrados.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.